O tema da educação ambiental se tornou uma das coqueluches nas escolas brasileiras. Não é difícil introduzir a discussão com os alunos, pois boa parte deles demonstra interesse pelo assunto e carrega informações adquiridas fora da escola, por meio de conversas com outras pessoas ou absorvendo conteúdos dos meios de comunicação. Importante é desenvolver nos jovens uma postura crítica em relação a essas informações que eles obtêm. Com isso, a visão deles sobre questões ambientais torna-se mais ampla e, portanto, mais segura diante da realidade em que vivem.
Fazem parte dos conteúdos de Educação Ambiental do terceiro e quarto ciclos desde formas de manutenção da limpeza do ambiente escolar, práticas orgânicas na agricultura, modos de evitar o desperdício até como elaborar e participar de uma campanha ou saber dispor dos serviços existentes, como órgãos ligados à prefeitura ou organizações não-governamentais (ONGs). Os alunos devem reconhecer os fatores que geram bem-estar à população. Para isso, precisam desenvolver senso de responsabilidade no uso de bens comuns e recursos naturais, de que respeitem o ambiente e as pessoas. Outra frente de trabalho é fazer com que os jovens valorizem a diversidade natural e sociocultural, para compreender diferentes faces do patrimônio natural, étnico e cultural.
Orientadores que elaboraram os PCN depararam com duas dificuldades para propor a seleção de conteúdos para o tema transversal de meio Ambiente: a amplitude da temática ambiental e a diversidade da realidade brasileira, com tantas características regionais. Esses fatores também se aplicam aos professores em sala de aula. Para facilitar o direcionamento do tema, foi definida como parâmetro uma aprendizagem que aborde as questões amplas e, ao mesmo tempo, atente às especificidades regionais. As turmas do Sul não devem, necessariamente, aprender o mesmo que as do norte. Os conteúdos devem abranger:
▪ postura participativa, com a conscientização dos problemas ambientais;
▪ possibilidade de sensibilização e motivação para envolvimento afetivo;
▪ desenvolvimento de valores para exercício da cidadania, como agentes de gerenciamento do ambiente;
▪ visão integrada da realidade, contemplando a dinâmica local e planetária e desvendando causas e problemas ambientais;
▪ assuntos compatíveis com conteúdos desses ciclos e que sejam relevantes à realidade brasileira.
FONTE:
NOVA ESCOLA, edição especial, Parâmetros Curriculares Nacionais – fáceis de entender, ed. Abril , p. 23 e 24
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