Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907, na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyoacán, que naquela época era uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México.
Aos seis anos, contraiu poliomielite, o que lhe deixou como seqüela uma deformação no pé direito e que lhe rendeu o apelido de Frida pata de palo (Frida perna de pau), passando a partir daí a adotar calças e depois longas e exóticas saias, que vieram a ser sua marca registrada.
Em 1922, enquanto se preparava para estudar medicina, conheceu o muralista Diego Rivera, que pintava o mural La creación e também assistiu à aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, sofreu um terrível acidente, um bonde no qual viajava chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou suas costas, atravessou sua pélvis e saiu por sua vagina, obrigando-a através de tratamentos médicos a usar vários coletes ortopédicos de materiais diferentes, que a mesma acabou por retratar em algumas de suas obras, como: “A coluna partida”.
Em 1928, ao entrar para o Partido Comunista do México, reencontrou-se com Rivera e iniciou uma relação amorosa que durou até a morte de Frida.
Na época o pintor a retratou no afresco Balada de La Revolucíon
(Balada da revolução), que fez para o Ministério da Cultura. Casaram-se em 1929, pouco antes de Rivera ser expulso do partido, que Frida também abandonou em seguida.
(Balada da revolução), que fez para o Ministério da Cultura. Casaram-se em 1929, pouco antes de Rivera ser expulso do partido, que Frida também abandonou em seguida.
Sob a influência do trabalho de seu marido, Frida adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou em sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, adotando frequentemente temas do folclore e da arte popular do México.
Em 1930, o casal partiu para os Estados Unidos, onde viveu por muitos anos. A sempre instável saúde de Frida começou a piorar.
Em 1937, o intelectual marxista, León Trotsky e sua companheira hospedaram-se na casa de Frida e Rivera, na Cidade do México. Em 1938, Frida fez, com grande êxito, sua primeira exposição individual em Nova York, tendo sua obra sido qualificada por André Breton como surrealista, o que não obstante, Frida mesma declara: “pensavam que eu era surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”.
Em 1939, antes de uma breve separação de Rivera, expôs em Paris na galeria Renón et Colle. Em 1934 dá aulas na escola La Esmeralda, no México.
Em 1946, recebeu o Prêmio Nacional de Pintura e foi operada da coluna em Nova York, cirurgia a que se submeteu diversas outras vezes, obrigando-se a passar meses em hospitias, sempre envolvida com remédios, tratamentos e muita dificuldade de movimentos.
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea de seu país organiza uma importante exposição em sua honra, cuja inauguração presenciou deitada em sua cama.
Logo depois, teve a perna direita amputada e pouco antes de morrer, muito doente, participou de uma manifestação contra a intervenção norte-americana na Guatemala.
Frida Kahlo, morreu aos 47 anos, em 13 de julho de 1954 na mesma cidade de seu nascimento, sendo muitos de seus trabalhos auto-retratos que simbolicamente articulam suas próprias dores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Empresa Folha da Manhã S.A.,
1996
Encarte das edições de
domingo da Folha de S. Paulo de março a dezembro de 1996.
Grande Enciclopédia Barsa –
3ª ed. – São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda., 2004