sábado, 31 de julho de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR GESTOR E A ABORDAGEM DE DUBOIS

 Sendo a educação um processo de formação e desenvolvimento, atemporal, vivenciado em qualquer sociedade e o professor o mediador desse processo, é preciso que diante da contemporaneidade o mesmo construa uma ideia positiva de si, dos estudantes e da escola, planejando suas ações, prevendo consequências, estimulando e utilizando as tecnologias a ele disponíveis, estabelecendo com os estudantes, metas a curto, médio e longo prazo, resultado esse que só será obtido a partir da gestão de espaços e estratégias, inclusive no que diz respeito a Educação Ambiental e Sustentabilidade.
Entende-se por Sustentabilidade a promoção do desenvolvimento econômico, industrial e social sem agressão ao meio ambiente, impactando-o o mínimo possível, respeitando-o no presente e cuidando para sua preservação futura, prática essa hoje, conceituada e defendida por muitos profissionais e estudiosos do tema.
Dessa forma, para o Dr. Jean C. L. Dubois (1999), a educação ambiental, mais especificamente a categoria rural sustentável, deve ser tratada de acordo com os seguintes requisitos:
Enfocar os processos de degradação de maior peso - conforme pesquisa realizada no estado do Rio de Janeiro, são três esses processos:
a destruição de florestas nativas para a implantação de atividades agropecuárias e o desmatamento feito de forma indiscriminada, são em grande escala responsáveis pela herança de grandes extensões de paisagens desoladas e terras degradadas que afetam inclusive a pecuária que é extensiva e as ocupam, dependendo de pastagens improdutivas ou de baixa produtividade;
o uso abusivo e indiscriminado de agrotóxicos;
o hábito, nas regiões serranas, do cultivo das ladeiras “morro abaixo”.
Educar e convencer os atores chave dos processos de degradação - investir em esforços educativos, priorizando dois grupos-chave: os pecuaristas e de forma mais generalizada, os agricultores.
Priorizar abordagens pragmáticas - educar o meio rural, para substituir sistemas e práticas insustentáveis de produção por alternativas sustentáveis, demonstrando soluções ecológicas e economicamente viáveis, inclusive através de orientações sobre a eficiência de defensivos biológicos para a proteção dos cultivos, contra pragas e doenças.
Envolver a juventude rural e as mulheres - focar as mulheres, uma vez que elas têm maior sensibilidade intuitiva acerca da qualidade ambiental e da necessidade de proteção da cobertura florestal. De forma similar, deve-se focar também a juventude rural, pois os jovens são mais abertos a mudanças.
Empregar metodologias educativas adaptadas às peculiaridades dos grupos-alvo - visitas de campo causam impactos fortes e educativos sobre qualquer grupo-alvo (homens, mulheres, crianças, adolescentes, grandes pecuaristas, pequenos agricultores), trazem resultados significativos e efeitos multiplicadores. Cursos de formação/ educação/ capacitação, são outras possibilidades valiosas.
Evitar posturas radicais - usar o bom senso e não rejeitar de forma radical o cultivo de espécies exóticas, ou seja, espécies não nativas da região.
Mobilizar apoios da sociedade civil - a formação de agentes ambientais nas comunidades rurais torna-se um meio eficiente, uma vez que a mesma possibilita e fornece as condições adequadas para que os participantes tornem-se educadores multiplicadores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DUBOIS, Jean C. L. – EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
acesso em 03/07/2010

MINIDICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUÊSA/ organizado pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. – 2.ed.rev. e aum.- Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

sábado, 24 de julho de 2010

AS RELAÇÕES DA ORALIDADE/ESCRITA E SUAS REPRESENTAÇÕES

A escrita alfabética conceitua-se por um código específico, que utilizado de forma clara e correta, expressa a ideia do que se pretende, pressupondo assim o domínio da língua escrita.
A compreensão do conceito dos elementos que constituem a textualidade e o estudo da leitura e da escrita, demandam a apropriação dos conteúdos relativos à codificação/decodificação, configurando uma relevante aquisição conceitual, que trata o princípio que fundamenta o desenvolvimento dos demais conteúdos da sistematização do código: a compreensão da escrita.Para Cavazotti (2009)
“A ideia de representação fundamenta o princípio alfabético da nossa língua, no sentido que a escrita obedece a um sistema fonético, isto é, os sinais que são utilizados na escrita representam os sons da fala. A apreensão desse princípio pode ser realizada pela reflexão que se inicia pela representação por meio de gesto, do desenho, passando à “leitura” de símbolos, de logotipos, da escrita dos números até alcançar a relação oralidade/escrita.”

Representações:

gestual/verbal: exposição do corpo em movimento

mimica: arte de representar por meio de gestos.


gestual/desenho: exposição de gestos através da representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas.

por meio de desenhos: exposição de diferentes e infinitas formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas.

por símbolos convencionais: exposição do que representa ou significa outra coisa de acordo com as convenções sociais.

marcas e logotipos: exposição de símbolo formado por palavra ou letra com desenho característico para representar visualmente uma empresa, um
produto, etc.

emblemas ou insígnias: exposição por sinal distintivo dos membros de uma associação, irmandade,etc.

rótulos: exposição por arte em papel que se cola em embalagens e recipientes com indicação sobre o conteúdo

diferentes tipos de letra: exposição de diferentes tipos de sinais gráficos elementares com que se representam os vocábulos de uma língua escrita.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
CAVAZOTI, Maria Auxiliadora. Compreendendo as relações oralidade/escrita. In: Prática Educativa de Língua Portuguesa. Curitiba IESDE Brasil S.A., 2009 p. 45-50


FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – MINIAURÉLIO Sec XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4.ed.rev.ampliada – Rio de Janeiro: NOVA FRONTEIRA, 2001

quarta-feira, 21 de julho de 2010

NOÇÕES MATEMÁTICAS - sugestão de atividade baseada na proposta de Lorenzato

Lorenzato (2006) apresentou uma proposta de ensino matemático para trabalhos com crianças de 0 a 6 anos, em que é preciso começar o processo ensino/aprendizagem da área em questão por onde as crianças se encontram e não por onde os professores gostariam que as mesmas estivessem. Dessa forma, o referido teórico estabelece que os professores devem aproveitar os conhecimentos e habilidades que os estudantes já possuem, explorando três campos matemáticos: espacial, numérico e de medidas.

 ATIVIDADE:

Título: Bolas coloridas 

Objetivo: 
Trabalhar noções matemáticas a partir da demonstração e manuseio de bolas coloridas, com a proposta de interação do grupo de crianças alavancando diferentes noções matemáticas e geométricas tais como: cheio/vazio, dentro/fora, maior/menor, perto/longe.

Justificativa: 
Colaborar de forma prática com a compreensão das relações: espacial, numérico e de medidas, a partir de objetos familiares ás crianças,
Reconhecer e valorizar as noções espaciais, como ferramentas necessárias ao desenvolvimento dos estudantes, através de recursos que respeitem as experiências extra-escolares dos mesmos.

Introdução:
A abordagem irá retratar as relações matemáticas e a antecipação de noções geométricas, aproveitando conhecimentos e habilidades familiares ao grupo de estudantes, a partir de uma prática exploradora e conjunta que leva em consideração a socialização e objetos do cotidiano das crianças

Material:
• recipiente de plástico transparente
• bolas coloridas
    
Desenvolvimento:
Preencher o recipiente de plástico transparente até uma certa altura com bolas de cores e tamanhos diversos espalhando algumas do lado de fora, longe e perto do mesmo.
Após a montagem do cenário, propor a seguinte atividade, que deverá ser desenvolvida em grupo:

• identifiquem a bola maior;
• identifiquem a bola menor;
• identifiquem a bola que está mais perto do recipiente;
• identifiquem a bola que está mais longe do recipiente;
• coloquem as bolas verdes dentro do recipiente;
• retirem as bolas azuis do recipiente e espalhe-as do lado de fora;
• coloquem todas as bolas dentro do recipiente;
• retirem todas as bolas do recipiente.

Conclusão:
A proposta das atividades lúdicas e interativas quando debruçadas no manuseio de objetos já conhecidos e na bagagem extra-escolar das crianças, proporcionam de forma agradável e curiosa a construção do conhecimento das noções matemáticas e a introdução da geometria, que indiscutivelmente auxiliarão no estabelecimento das relações necessárias para o aprendizado futuro, dando base e favorecendo a prática docente da disciplina em questão .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GONDIM, Maria da Salete Alves, Lápis na Mão – Manual Interdisciplinar – pré-escola – Editora FTD - p. 46

LORENZATO, Sérgio - QUE MATEMÁTICA ENSINAR NO PRIMEIRO DOS NOVE ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL?
acesso em 10/07/2010

MINIDICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUÊSA/ organizado pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. – 2.ed.rev. e aum.- Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS – ferramentas contemporâneas indispensáveis


A tecnologia educacional é a área de conhecimento onde a tecnologia se submete aos objetivos educacionais, amparando o processo ensino/aprendizagem, propiciando formas adequadas na utilização de seus recursos em prol da educação.
As tecnologias em geral, das mais simples às mais sofisticadas, ampliam o potencial, aprofundam a visão humana e vem transformando o planeta seja no plano físico ou intelectual. Da lousa e giz aos computadores ligados à internet, muitas são as tecnologias que, utilizadas adequadamente, podem auxiliar o universo educacional:
• livros didáticos permitem garantir a todos o acesso a um conjunto mínimo de informações;
• assinaturas de jornais e revistas oferecem notícias atualizadas;
• um vasto acervo na biblioteca, potencialmente, amplia e aprofunda a pesquisa;
• bons laboratórios de ciências podem levar a criar/recriar experiências científicas;
• recursos audiovisuais aproximam os estudantes de realidades distantes;
• computadores oferecem uma infinidade de possibilidades de acesso à informação, à comunicação, à simulação...
Contínuas transformações tecnológicas em todo o mundo vem influenciando as relações culturais, políticas e sociais. Neste contexto a Escola, que tem um papel reconhecidamente fundamental no desenvolvimento intelectual, social e afetivo do indivíduo, precisa estar atenta e inserida em uma sociedade de bases tecnológicas, não se permitindo ignorar as suas alterações principalmente no que diz respeito às tecnologias da informação e da comunicação – TIC, que provocam uma outra forma de como as pessoas vêem o mundo, sem desprezar o potencial pedagógico que as mesmas apresentam quando incorporadas à educação.
Diante desta realidade, tecnologias educacionais deixam de ser encaradas como meras ferramentas, cabendo a escola incorporar em seu trabalho, apoiado na oralidade e na escrita, outras formas de aprender (apoiadas na visão, na audição, na simulação, na criação) possíveis com uma tecnologia cada vez mais avançada.
Mais do que resistir, é preciso desvendá-la e, conscientemente, fazer uso dela.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – MINIAURÉLIO Sec XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4.ed.rev.ampliada – Rio de Janeiro: NOVA FRONTEIRA, 2001

KAMPFF, Adriana Justin Cerveira – Curitiba IESDE S.A. , 2008 – p.11 e 12