Na escola, ao se trabalhar a construção do paradigma da sustentabilidade, é preciso evitar, a todo custo, esquivar-se de temas relevantes como Energia e Água, quer porque não seja do seu domínio, quer por parecer muito árduos.
A abordagem do uso racional de ENERGIA, no contexto do Brasil, em função de sua matriz energética atual, deve ser feita de forma articulada à discussão do uso racional do recurso ÁGUA. Essa abordagem, não pode limitar-se a considerar a redução do uso de energia em situação de iminente escassez de recursos. Deve-se ir além e trabalhar, efetivamente, mudanças de atitudes: usar de forma racional um recurso, mesmo que abundante, é bom para toda a sociedade, possibilitando a um número maior de pessoas, o acesso a qualidade de vida. E é bom para o planeta como um todo, pois suas complexas interações serão mantidas e as futuras gerações poderão usufruir também dos recursos naturais. Isso é sustentabilidade.
O educador estará apto a contribuir para formação de cidadãos mais conscientes, solidários, pacíficos e comprometidos como a ética e a justiça social, se essas mudanças de atitudes processarem nele próprio.
Com isso, podemos educar pelo exemplo e compreender mais facilmente que cada um tem seu tempo, o seu ritmo de aprendizagem e de ação. As ações não precisam ser estupendas; podem ser simples, e ainda assim, comprometidas e significativas.
Como nos diz o educador Sathya Sai, “o que o homem conquistou, no campo da ciência e da tecnologia, ajudou-o a melhorar as condições materiais de vida. Aquilo de que nós precisamos, entretanto, é a transformação do espírito. A educação não deve servir apenas para desenvolver a inteligência e as habilidades de um indivíduo, mas também, para ampliar sua perspectiva e fazer dele um ser útil à sociedade e ao mundo”.
Todos os educadores precisam sensibilizar-se nesse sentido, para poderem cumprir verdadeiramente o propósito da educação com vistas à construção de sociedades sustentáveis.
FONTE:
Companhia Energética de Minas Gerais Cemig Energia Eficiente Cidadania Inteligente; livro do professor. Belo Horizonte: Cemig 2004.- p. 50