quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PEDAGOGIA DIRETIVA E SEU PRESSUPOSTO EPISTEMOLÓGICO - ação docente arbitrária e ação discente inerte: atuações que não se complementam.

Modelo onde as atitudes do professor em sala de aula refletem o seu modo de pensar, ele fala e o aluno ouve, pois o mesmo acredita que o conhecimento pode ser prontamente transmitido aos estudantes. A marca fundamental dessa concepção, é o empirismo: os sentidos são a fonte de todo o conhecimento. 

Convicções do professor diretivo: 

_ o indivíduo ao nascer é uma tabula rasa ou uma folha de papel em branco;
_ o conhecimento   do indivíduo vem do meio físico ou social; 
_ o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto; 
_ o professor em sala de aula representa o mundo; 
_ somente o professor pode produzir um novo conhecimento ao aluno; 
_ o professor acredita no mito da transferência do conhecimento. 

Dessa forma, para o professor defensor do empirismo, o aluno para aprender deve permanecer em silêncio, prestar atenção em suas palavras e repetir o conteúdo das mesmas até decorá-las, transformando a sala de aula em um ambiente onde nada de novo acontece: velhos questionamentos, são retorquidos com obsoletas respostas. Para esse docente a certeza do futuro está na reprodução simples e pura do passado, que ministra suas aulas com o maior rigor possível. 

Becker (2001) - Tradução de modelo epistemológico em modelo empirista: 

 O professor, representante do meio social é quem determina a ação do aluno.

Nesta estrutura o ensino e a aprendizagem são polos dicotômicos e não se complementam, carregando em sua base a crença de que o conhecimento vem do exterior, do mundo dos estímulos e é a apreensão da realidade e não a sua construção. 
A pedagogia empirista é que encontra o maior número de adeptos, uma vez que é nela que os docentes mais se baseiam, raramente se afastando. 
Como característica mais nefasta desta pedagogia, temos o autoritarismo, que encontra no empirismo a sua fundamentação e a sua legitimação teórica e prática. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARRA, Vilma Maria Marcassa. Fundamentos Teóricos e Prática Educativa das Ciências Naturais. IESDE Brasil S.A., 2009. p. 37-41

BECKER, Fernando - Educação e Construção do Conhecimento. Disponível em http://tudosobre.com/concursos/3/BECKER,%20Fernando%20-%20Educa%C3%A7ao%20e%20Construcao%20do%20Conhecimento.pdf (acesso em 21/08/2010) 

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – MINIAURÉLIO Sec XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4.ed.rev.ampliada – Rio de Janeiro: NOVA FRONTEIRA, 2001.

14 comentários:

  1. Muito util a sua informação!E realemente, acredito que este método não seja um dos melhores, mas foi e continua sendo usado por muitos. Há que se refletir e estudar outras teorias epistemológicas

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  2. Muito claro, a explicação dese método de ensino que tanto hostiliza os alunos atualmente.

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  3. Obrigada, me ajudou muito em um projeto da faculdade

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  4. É MUITO IMPORTANTE A EXPLICAÇÃO ESTÁ ME AJUDANDO A ESTUDAR PARA A PROVA .

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  5. obrigada por ser tao claro na forma de explicar esse metodo.Meus parabens, otimo trabalho

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  6. Gostei muito da explicação obrigado por explicar tão bem.

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