A aprendizagem e a prática de uma modalidade esportiva devem incluir todos, ao invés de ser um mecanismo de seleção de indivíduos mais ou menos aptos, excluindo os malsucedidos.
Para que a competição nas atividades esportivas seja uma aprendizagem positiva, é fundamental que se tenha claro quais são as competências corporais, cognitivas e afetivas mobilizadas nas diversas modalidades. A partir daí, compatibiliza-se a competência requerida para a prática de um determinado esporte com os diversos níveis em que se encontram os praticantes. Isso é fundamental para que as atividades esportivas permitam a todos evoluir nas diversas competências, tornando o esporte uma fonte de prazer e não de sentimento de fracasso.
Por exemplo, podemos realizar um treinamento individual das habilidades exigidas em um jogo com aquelas crianças e jovens que precisam melhorar seu desempenho, ou organizar a turma em subgrupos com graus de habilidade semelhantes, respeitando os diferentes ritmos e evitando competições entre grupos com níveis muito desiguais.
A aprendizagem das regras do jogo é uma oportunidade para a construção de valores éticos. Jogando, a criança aprende a respeitar as regras e o árbitro, a ganhar e a perder, a conviver em equipe etc.
Embora possa ser visto como solução para muitos males, o esporte reflete a realidade do grupo social que o cultiva. Tanto há, em seu universo, o cultivo à saúde física e mental, à disciplina, à perseverança e à convivência sadia, como violência, preconceito, demagogia e hipocrisia.
É muito importante o modo como o esporte é praticado. Alguns valores devem orientar o trabalho do professor e dos colaboradores:
▪ ênfase na prática esportiva em si;
▪ inclusão de todos;
▪ incentivo a atitudes não-violentas e não consumistas;
▪ diálogo;
▪ respeito ao adversário.
FONTE:
Amigos da escola – todos pela educação - Esportes e artes – O jogo da imaginação – CENPEC