Tão antiga quanto a própria existência do homem é o seu comportamento diante da natureza, da percepção e da compreensão dos objetos e fenômenos que o cercam. Os seres humanos não apenas tentam entendê-la, dominar a realidade e agir sobre a mesma, como também tem o objetivo de torná-la mais adequada às suas necessidades.
Em termos gerais, ciência (do Latim scientia, "conhecimento") se confunde com qualquer saber humano. Num sentido mais restrito, define-se ciência como as áreas do saber voltadas para o estudo de objetos ou fenômenos agrupados segundo certos critérios e para a determinação dos princípios que regem seu comportamento, segundo uma metodologia própria.
Os primeiros seres humanos se deixaram fascinar pelo espetáculo oferecido pelos astros e, após observação contínua de sua movimentação, perceberam certa regularidade nos ciclos solar e lunar e na passagem periódica de cometas.
A primeira grande conquista científica foi, portanto, a constatação de que certos fenômenos voltam a acontecer.
A imitação da natureza e a necessidade de superá-la e dominá-la, as inovações técnicas exigidas por cada sociedade para satisfazer seus interesses pessoais e comerciais e o prazer intelectual do conhecimento foram fatores decisivos no desenvolvimento inicial da ciência.
A ciência, considerada como conhecimento, tem forte relação com métodos e técnicas da descoberta e com fatores sociais e psicológicos e como teoria sua relação mais importante é com a estrutura lógica e lingüística, estando os dois aspectos intrínsecamente relacionados. O cientista recorre aos fatos para adquirir o conhecimento.
Para Hennig (1986), de forma breve, a ciência:
▪ é a base fundamental do progresso humano, do avanço tecnológico;
▪ é o legado de conhecimentos à humanidade, que tem melhorado as condições de existência do Homem:
▪ envolve um conceito mais amplo que um simples conjunto de conhecimentos exatos e demonstráveis;
▪ é mais ampla que um corpo de conhecimentos postos em um texto ou aparelhos de laboratório;
▪ é bom senso, um refinado bom senso, aplicação da razão, uma atitude, uma forma peculiar e sutil de atividade mental ( pensamento científico) e prática (manipulação científica).
Ciências Naturais - Física, Química, Biologia, Geologia e Astronomia: estudo estruturado a partir da existência de fatos do mundo real, que podemos ver, sentir ou, pelo menos, perceber indiretamente por meio de aparelhos.
Ciências Humanas – História, Psicologia, Economia: estudo dos fatos relacionados à mente, aos conflitos humanos, aos grupos sociais, à família, às populações.
Apesar de distintas, as duas ciências têm em comum uma propriedade fundamental – o conhecimento científico origina-se nos fatos reais, seja da natureza, do homem, da sociedade etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARRA, Vilma Maria Marcassa. Fundamentos Teóricos e Prática Educativa das Ciências Naturais. IESDE Brasil S.A., 2009. p. 7,8
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – MINIAURÉLIO Sec XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4.ed.rev.ampliada – Rio de Janeiro: NOVA FRONTEIRA, 2001.