A hora de ensinar aos alunos um segundo idioma, diferente da língua materna, geralmente no terceiro ciclo, coincide com uma fase marcada por transformações físicas e emocionais do pré-adolescente. Na escola também há novidades. O momento representa uma ruptura da organização curricular e da interação entre professor e aluno, com novos horários e disciplinas. Tudo isso
Gera reações diversas, que podem ir da insegurança à apreensão. A descoberta de outro idioma está inserida nesse contexto.
É fundamental que desde o início da aprendizagem da língua estrangeira o professor desenvolva a autoconfiança em seus alunos, para que eles acreditem a capacidade de aprender. A limitação de recursos disponíveis na escola para a prática de ensino e a reduzida carga horária da disciplina não devem ser motivo para abrir mão dos objetivos. Talvez o professor não consiga desenvolver, ao final do quarto ciclo, todas as habilidade em seus alunos, como leitura, compreensão e produção oral e escrita. Mas pode estabelecer três metas que sejam úteis para a turma:
▪ aumento do conhecimento da língua materna, no caso o português, por emio de comparações com o idioma estrangeiro em diversos níveis;
▪ ao construir significados em outro idioma o aluno se habilita para usar uma língua estrangeira;
▪ conhecer valores de outras culturas desenvolve a percepção da própria, promovendo a aceitação das diferenças nos modos de expressão e de comportamento.
O desafio enfrentado por grande parte dos professores de Língua Estrangeira poderia ser resumido nesta pergunta: “Como saber se o que estou ensinando será aproveitado no futuro?”. A resposta depende sobretudo da realidade vivida pelos alunos, suas expectativas e perspectivas. Mas pode ser resumida ao seguinte lema: o idioma precisa estar a serviço de seu usuário. Nada pior do que, nas poucas horas disponíveis para a disciplina, a turma achar que aprender língua é perda de tempo.
Por isso, é necessário focar a administração e a organização do ensino da segunda língua segundo os olhos da garotada. Pelas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos (anos finais) do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja capaz de:
Por isso, é necessário focar a administração e a organização do ensino da segunda língua segundo os olhos da garotada. Pelas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos (anos finais) do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja capaz de:
→ saber identificar línguas estrangeiras e perceber que vive num mundo plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel hegemônico em determinado momento histórico;
→ ter uma experiência de se expressar e de ver o mundo, ampliando a compreensão do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;
→ reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar bens culturais da humanidade;
→ ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer;
→ utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diersas.
FONTE:
NOVA ESCOLA, edição especial, Parâmetros Curriculares Nacionais – fáceis de entender, ed. Abril , p. 61 a 63
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