terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TEMAS TRANSVERSAIS – SAÚDE

O ciclo da esquistossomose nem sempre é a forma mais fácil de aproximar o estudante da real importância da educação para a Saúde. Nem encher o quadro-negro com explicações genéricas sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Em vez disso, é melhor mostrar os conteúdos com base na realidade dos alunos. É preciso tentar introduzir o tema a partir de problemas do cotidiano do jovem, como as drogas, a gravidez, na adolescência, a AIDS. A violência social forma um capítulo a parte. Segundo dados do Ministério da Saúde, os principais agravos à saúde nessa faixa etária são as chamadas causas externas. Para o sexo masculino, aparecem, com destaque, acidentes de trabalho, homicídios, e suicídios. Para as meninas, chamam a atenção, casos de morte associados a gravidez, parto ou puerpério. Como se vê, é tarefa simples encontrar um ponto de partida para motivar a turma. 

Uma coisa é certa: quando se compromete com a educação para a saúde de seus alunos, a escola consegue alcançar dois objetivos. Primeiro, funciona como referência para a prática de estilos de vida saudáveis. Segundo, faz o assunto tomar parte nos diferentes componentes curriculares. Somente a participação em diversas áreas, cada qual enfocando conhecimentos específicos, pode garantir que os adolescentes construam uma visão ampla do que é saúde – e como ela é importante. Às vezes, o interesse pode ser despertado por manifestações afetivas, conflitos ou casos de doenças entre os colegas. Em outras ocasiões, o desenvolvimento do tema pode se dar por meio da organização de campanhas, seminários ou trabalhos artísticos, para mobilizar diversas classes e divulgar informações. Atividades como essas são oportunidades para unir diversas disciplinas, como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia e outras.

Para auxiliar a escola a traçar diretrizes de trabalho em sala de aula, a Organização Mundial de Saúde (OMS) relacionou as seguintes condições que contribuem para a promoção das questões ligadas à saúde: 

▪ ter visão ampla de todos os aspectos da escola, garantindo um convívio saudável e que favoreça a aprendizagem não só na sala de aula, mas em outros ambientes escolares; 
▪ reconhecer que os conteúdos de saúde devem ser necessariamente incluídos nas diferentes áreas curriculares; 
▪ entender que o desenvolvimento da auto-estima e da autonomia pessoal é fundamental para a saúde; 
▪ valorizar a promoção da saúde na escola para todos os que nela estudam ou trabalham;
▪ conhecer todos os serviços de saúde voltados para o escolar;
▪ reforçar o desenvolvimento de estilos saudáveis de vida;
▪ conceder importância à estrutura física da escola, assim como ao efeito psicológico que ela tem sobre professores e alunos; 
▪ apoiar-se num modelo de saúde que inclua a interação dos aspectos físicos, psíquicos, socioculturais e ambientais; 
▪ estimular a participação ativa dos alunos. 

FONTE: 
NOVA ESCOLA, edição especial, Parâmetros Curriculares Nacionais – fáceis de entender, ed. Abril , p. 31 e 32

Nenhum comentário:

Postar um comentário