terça-feira, 22 de março de 2011

ANITA CATARINA MALFATTI – VIDA E OBRA – BREVE HISTÓRICO


"Procurei todas as técnicas e voltei à simplicidade, diretamente: não sou mais moderna nem antiga, mas escrevo e pinto o que me encanta..." ( Trecho de carta escrita à Mário de Andrade)

Pintora brasileira. Sua exposição de mais de cinqüenta trabalhos foi marco pioneiro da renovação das artes plásticas no Brasil, já que as críticas severas que recebeu serviram para polarizar as forças isoladas do modernismo no movimento que preparou o caminho para a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. 

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, em 2 de dezembro de 1896. Com apenas 16 anos viajou para a Alemanha, onde freqüentou a Real Academia de Munique e como aluna do pintor Lovis Corinth , na Academia de Belas –Artes de Berlim. Recebeu influências do expressionismo e do cubismo francês. 

Sua primeira exposição individual no Brasil ocorreu em 1914; em seguida viajou para os Estados Unidos, onde permaneceu durante dois anos. Estudou na Arts Students League e, Homer Boss, na Independent School of Art, e conheceu artistas emigrados da Europa, como Marcel Duchamp e Juan Gris. Durante os anos de estudo, segundo suas próprias palavras, viveu “em pleno idílio pictórico” e pintou “simplesmente por causa da dor”. 

Em 1917, realizou uma exposição considerada pioneira da arte moderna do país, na qual apresentou mais de 50 trabalhos, destacando-se: “O Japonês”, “O Homem Amarelo”, “A Boba”, entre outros. A exposição gerou grande polêmica, iniciada com ataques de Monteiro Lobato, que não via nela mais que caricatura e com a defesa de Mário de Andrade, que prontamente identificou a verve inovadora da pintora. Esta mostra abriu caminho para a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, da qual a  pintora participou com especial destaque. 


Anita Malfatti foi artista convidada da I Bienal de São Paulo (1951) e figurou na mesma mostra, em 1963, com uma sala especial. Fora do Brasil, expôs individualmente em Berlim, Paris e Nova York. Há quadros de sua autoria nos principais museus brasileiros, como o Museu de Arte de São Paulo (“A Estudante”), o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (“A Boba”) e o Museu Nacional de Belas –Artes, no Rio de Janeiro (“Uma Rua”). Anita Malfatti morreu em São Paulo em 6 de novembro de 1964. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Empresa Folha da Manhã S.A., 1996 Encarte das edições de domingo da Folha de S. Paulo de março a dezembro de 1996. 

Grande Enciclopédia Barsa – 3ª ed. – São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda., 2004

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